quarta-feira, 28 de abril de 2010

Sandy em carreira solo: ela contou todos os detalhes sobre o novo disco. Confira!

"Eu estou sempre buscando quem eu sou". Foi com essa frase que se deu início o documentário sobre o novo trabalho de Sandy, seu primeiro disco solo - "Manuscrito". As palavras definem bem, de acordo com a cantora, o que ela quer trazer com este álbum. Durante entrevista à imprensa, ela contou que queria algo que fosse dela, num clima intimista, e até por isso acabou indo atrás de diversos produtores e chegando à conclusão de que não haveriam melhores pessoas para trabalhar do que o irmão, Junior, e o marido, Lucas Lima. "Então, agora a Sandy manda em você?", pergunta a cantora, em tom de brincadeira, no documentário. Junior hesita, mas responde: "como produtor, sim".


Numa tentativa de mostrar o lado mais pessoal da cantora, ainda com determinadas reservas no que diz respeito à invasão de privacidade, o vídeo traz cenas dela limpando o coco da cachorra, beijando o marido e, ainda, contando como tinha vergonha de se apresentar com a música 'O Universo Precisa de Vocês (Power Rangers)', mas que fazia porque era pedido da gravadora e dava certo com o público. "Eu já era uma mocinha de 12 anos, tinha vergonha", conta.

No momento, ela não se preocupa com o sucesso ou não do projeto solo, mas espera lidar bem com um possível fracasso. A verdade é que Sandy não sabe exatamente no que vai dar, mas se prepara pro que vier.

Por que resolveu voltar aos palcos depois de dois anos e uma carreira consolidada? "Eu não quero fugir do maior prazer da minha vida. Eu não estaria 100% satisfeita se saísse tocando mundo afora em barzinhos, com voz e violão. Resolvi voltar, porque eu já descansei bastante", disse. Depois de 17 anos de carreira ao lado do irmão, Sandy tirou dois anos para ela, cortou os cabelos, casou e, ainda, se deu tempo para compor as faixas da forma que gostaria. "Eu consegui fazer tudo no meu tempo e isso foi fundamental para que eu ficasse satisfeita", completou. Como ela explica, não houve pressão. Um dia em casa sem fazer nada, ao lado de Lucas, um acorde solto no violão e uma ideia no piano eram suficientes para que uma canção nova fosse criada, em questão de minutos.

"Muita gente fala sobre o trabalho ser muita transpiração e só 1% de inspiração, eu não acredito nisso. Não consigo ser assim". E o que mais a inspira é a melancolia, o "quartinho escuro" que todo mundo guarda dentro de si e não revela. Quanto a isso, ela ainda explica que se sente totalmente nua diante deste disco, mas fica feliz em não revelar até que ponto as músicas são "Sandy" ou são uma fantasia criada por ela. É o limite que ela impõe. De qualquer forma, a cantora não está lá muito certa de quem pretende atingir com isso. "Eu não sei muito o que esperar, não sei quem é o público que vai consumir meu trabalho. Eu quero o público que me quiser", explica.

Entre as influências, ela conta com Coldplay, Jammie Cullum e a própria Nerina Pallot, com quem divide uma das faixas do disco. Ela lembra ainda que gosta muito de ouvir jazz e bossa nova, mas não pode dizer que há elementos dos estilos em seu trabalho. "Tudo que a gente gosta de ouvir acaba influenciando indiretamente, mas não dá pra eu ousar fazer jazz. O disco é aquilo que eu sei fazer, por isso resolvi fazer pop. O piano eu me arrisco a tocar, mas não sou uma pianista, comecei tarde as aulas e quero me dedicar. Uso o instrumento mais para compor mesmo". Entre as músicas do álbum que mais a emocionam estão 'Ela/ Ele', 'Dias Iguais', com Nerina, e 'Esconderijo', "a mais introspectiva de todas. Curta, mas que traduz muito bem a Sandy".

O que ela traz da época de Sandy e Junior? "A faixa 'Tão Comum' eu compus antes de terminar a dupla, com meu irmão, no camarim de algum programa de TV. A faixa 'Dedilhada' ele também fez a base e me enviou pelo computador, com o nome de arquivo 'dedilhado', o que me inspirou para criar a música". Quando questionada sobre como é seguir sozinha, ela diz que já subiu ao palco sem o irmão, durante um projeto paralelo onde cantava jazz e bossa nova. "Eu estranhava a falta da figura dele no palco, com todas as atenções agora voltadas a mim. Mas depois de ter finalizado o disco e estar fazendo a divulgação sozinha, acho que já estou me acostumando e vai ser mais fácil", conta, admitindo ainda que, mesmo depois de 16 discos gravados e 17 milhões de cópias vendidas, ficou bastante nervosa quando entrou em estúdio para gravar seu trabalho solo.

A turnê ainda não tem data de estreia, mas ela chuta que pode ser que role no fim deste ano ainda. Mesmo assim, Sandy ainda não começou a pensar no repertório do show, já que quer fazer algo em torno de uma hora e meia.

Em 7 de maio, o disco físico chega às lojas.


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